sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Diferentes, Mas Necessários

Costumo aproveitar os intervalos da minha rotina profissional para ler e meditar sobre a Bíblia. Nesses momentos é impossível deixar de associar a narrativa histórica sobre os altos e baixos dos homens e mulheres de Deus do passado com os dias atuais. Gente de família humilde e vida simples, sem 'berço', com personalidades e habilidades tão diferentes, mas que se colocaram à disposição do Pai Celestial para serem usados como instrumentos de benção, de mudança, de evangelização, enfim. Noé, Abraão, José, Davi, Rute, Ester, Sansão, Elias, Eliseu, João Batista, Paulo e tantos outros... Pessoas falíveis, servindo a um Deus Infalível. Seres humanos criados por Deus, mas imperfeitos e cheios de limitações, buscando a renovação nAquele que tudo pode. Lembremo-nos de Suas palavras: "E disse-me: A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza..."  (II Coríntios 12:9a).

Vivemos dias de grande crítica aos seguidores de Cristo. A sociedade nos condena, pois afirmamos que um novo nascimento é urgente e imprescindível para os seres humanos. A ciência nos condena porque testificamos que Deus criou o mundo e tudo que nele há, e não damos crebilidade às teorias evolucionistas. Todavia, o próprio Jesus já havia nos alertado para isso. "Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa." (Mateus 5:11). Esse tipo de crítica e/ou condenação deve ser motivo de grande alegria para nós, visto que grandes serão as bençãos para os que permanecerem fiéis. A crítica que realmente me preocupa e a que maior efeito negativo tem sobre o povo de Deus ocorre dentro das próprias igrejas.

Parece brincadeira ? Mas não é. Apesar de termos conhecimento da diversidade de pessoas utilizadas por Deus na propagação do Evangelho e no trabalho ministerial, muitas são as críticas dirigidas àqueles que tomam a decisão de colocar-se à frente de um propósito na Igreja, seja como líder de oração, de visitação, de louvor, de ensino ou até mesmo nos grupos missionários.  Intrigas, comentários pejorativos, pré-julgamentos... esses são apenas alguns exemplos dos males que a falta de maturidade e humildade de fé podem causar. É comum ouvirmos entre os próprios membros das igrejas: "Ah, mas aquela irmã ali não serve pra visitar ninguém. Olha só a situação da família dela..." . Ou então: "Ih... o fulano pode ser tudo nesta vida, menos líder de oração. É muito fraco."  "E aquela ali ? Não canta nem aqui, nem na China."

O mais interessante nisso tudo é que geralmente as pessoas que tecem esse tipo de comentário são as mais "inativas" dentro da obra. Não assumem nenhum trabalho e preferem ficar à margem das grandes decisões. Ora, se eu não estou disposto a fazer melhor, que tal orar e incentivar aqueles irmãos que estão assumindo esse compromisso ? Que tal jejuar, vigiar e orar para não ser dominado pela soberba e acabar prejudicando a vida espiritual dos meus companheiros ? Humildade, povo de Deus... isso é o que precisamos cultivar. A glória pertence ao nosso Pai Celestial. Nós somos apenas instrumentos em Suas Mãos.



Todos somos diferentes, mas necessários na obra de Deus. Todos recebemos dons especiais dEle: dom de fé, de oração, de liderança, de louvor, de canto, de dança, de organização... enfim. Todos somos necessários e úteis na Casa do Senhor. Deixemos as críticas e disputas pessoais de lado e dediquemo-nos a meditar e refletir no que está escrito na Bíblia: "...de boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Por isso sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque quando estou fraco então sou forte." (II Coríntios 12:9b-10).

Sejamos firmes na fé, firmes na esperança, firmes na Palavra de Deus !

Claudia Figueiró Souza
Orientadora Educacional
Psicopedagoga

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